Manual de sobrevivência após a morte da CLT

Fonte: Manual de sobrevivência após a morte da CLT

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Itaipava renova visual da orla do Rio de Janeiro

Projeto Rio Praia Linda

A partir de 15 de dezembro as praias cariocas terão um novo visual. O Grupo Petrópolis, por meio da marca Itaipava, irá disponibilizar mesas, cadeiras e barracas, além de 40 mil guarda-sóis, para os banhistas e vendedores das praias do Flamengo, Praia Vermelha, Urca, Leblon, Ipanema e Copacabana.

Para não interferir na paisagem visual, os equipamentos terão cores neutras e apresentarão oito estampas diferentes inspiradas na natureza e na cidade do Rio de Janeiro. Os desenhos foram assinados pela OSC Marketing (compra pela Biruta), contratada pelas associações dos empreendedores de praia (Ascolpra, Pro Rio, QPraia). A Itaipava arcou com os custos do projeto.

Fonte: Meio & Mensagem

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Mapa de teleférico que ligaria Copacabana à Tijuca é descoberto na Alemanha

Faz cem anos que o bondinho do Pão de Açúcar alçou os ares pela primeira vez, em 27 de outubro de 1912. Feito de madeira e pintado de amarelo, o “camarote carril”, como era chamado, deslizou da Praia Vermelha até o Morro da Urca, levando 577 passageiros no dia da inauguração, depois de pouco mais de três anos de obras e planejamento. No meio da construção, entre a abertura do primeiro trecho, até o Morro da Urca, e a inauguração do segundo, até o Pão de Açúcar, o mapa de outro teleférico — ligando Copacabana à Tijuca — foi elaborado. A data colocada no mapa que passou cem anos guardado numa gaveta é 5 de novembro de 1912.

O teleférico que iria de Copacabana até a Tijuca foi planejado pela empresa alemã Julius Pohlig AG, a mesma chamada pelo engenheiro brasileiro Augusto Ferreira Ramos para construir o bondinho do Pão de Açúcar. O mapa foi encontrado no Arquivo Industrial Renano-Westfaliano (RWWA, na sigla em alemão), em Colônia, na Alemanha, justamente por conta do centenário do bondinho do Pão de Açúcar: funcionários fizeram uma busca para ver se achavam algo interessante para o prefeito de Colônia levar ao Rio na sua próxima visita.

— Dentro do material do bondinho do Pão de Açúcar, achamos um mapa com o título “Situação do projetado teleférico de pessoas”. Quando se diz que algo é “projetado”, significa que existia uma intenção concreta de realizar o projeto — conta Ulrich Soénius, diretor do RWWA. — Nós pensávamos que só podia ser o mapa da construção do bondinho até o Pão de Açúcar. Até que eu reparei que no mapa havia sete paradas e passagem pelo Corcovado.

A Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar havia solicitado a projeção de mais um teleférico espetacular conectando os mais altos morros cariocas. Desenhado à mão, o mapa mostra a linha detalhada de um teleférico. O caminho tem paradas no Morro da Saudade, no Corcovado e no Morro da Formiga.

— Julius Pohlig, fundador da empresa, era famoso pelo conhecimento na área de transporte teleférico. Ele queria construir bondinhos pela extração de carvão nas minas alemãs. Como ele conseguiu o convite de construir o bondinho do Pão de Açúcar, a gente não sabe, mas, sem dúvida, era uma sensação, o morro já era famoso mundialmente — diz o diretor do RWWA.

Engenheiro diz que projeto seria viável
Por causa de um incêndio no antigo prédio da Julius Pohlig AG, perderam-se documentos como correspondências entre a empresa alemã e a empresa de Augusto Ramos. Por isso faltam informações que expliquem por que o teleférico Copacabana-Tijuca não saiu do papel.

— Talvez o projeto não tenha sido realizado por motivos financeiros — acredita Soénius.

Diretor do Clube de Engenharia, Luiz Carneiro de Oliveira analisou o mapa alemão. Ele nunca tinha ouvido falar sobre o ambicioso projeto.

— O mapa mostra a ligação através de teleférico de Copacabana até a Fábrica das Chitas, perto da Praça Saens Peña. O desenho parece perfeitamente viável em termos de engenharia. Na época em que foi concebido, seria um projeto espetacular, caro e turístico, já que não tem capacidade de transporte de massa. Era para quem quisesse passear vendo a paisagem — afirma Oliveira, que acredita que o projeto teria sido idealizado por Augusto Ramos.

— O trigrama CHR no mapa antigo poderia ser do engenheiro alemão — estima Soénius.

Julius Pohlig fundou sua primeira empresa em 1874. Através de fusões, a empresa de Julius tornou-se mais tarde a companhia Pohlig-Heckel, presente no Brasil desde 1955.

— Em 1903, dez anos antes de terminar as construções do bondinho do Pão de Açúcar, Pohlig já tinha se retirado da empresa, mas com certeza ainda agiu como consultor nas obras do Rio — diz Ulrich Soénius.

Fonte: Blog Pedra do Leme

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Areia de trechos das praias de Copacabana e Leblon é reprovada pela prefeitura

O horizonte ensolarado às vésperas de mais um verão pode ganhar nuvens escuras por causa da contaminação das areias das praias da Zona Sul. Um trecho de Copacabana (altura da Rua Barão de Ipanema) e outro do Leblon (Rua Bartolomeu Mitre) foram considerados não recomendados pela prefeitura, a pior entre as quatro graduações dadas pelo programa Areia Carioca, da Secretaria municipal de Meio Ambiente. Nesses locais, foram detectados mais 30 mil coliformes totais em 100 gramas de areia e mais de 3,8 mil unidades da bactéria Escherichia coli, um forte indicativo da presença de fezes animais. O teste foi realizado na quinzena de 9 a 23 de outubro.

A presença das fezes de cachorros é o fator principal para a classificação negativa registrada em Copacabana. No Leblon, são principalmente os restos de comida e lixo que explicam a má qualidade das areias.

Nesse período, o Piscinão de Ramos, ao contrário, teve a higiene de suas areias aprovada: recebeu classificação “ótima”, assim como três trechos aferidos da Praia da Barra. A classificação positiva indica a presença de até 10 mil coliformes fecais e até 40 unidades de E. coli por 100 gramas de areia. Também receberam avaliação máxima as praias de Ipanema (trecho da Rua Paul Redfern), Vermelha (Urca), Guanabara e Bica (Ilha do Governador) e a orla do Recreio a Guaratiba.

Gerente de monitoramento de Água e Ambientes Costeiros da secretaria, Vera Oliveira explica que não é comum esses trechos de Copacabana e Leblon registrarem índices preocupantes de contaminação. No penúltimo boletim, a região da Rua Barão de Ipanema teve índice considerado bom, mas a área da Bartolomeu Mitre apontou índice apenas regular. Já as areias do Piscinão de Ramos frequentemente aparecem como impróprias. A presença de bactérias que podem causar diarreias e irritação de pele — além de lesões e micoses — também já preocupou em Ipanema, na medição feita no fim de agosto passado.

A prefeitura analisa a qualidade das areias de 36 pontos. Desde fevereiro de 2010, as informações são divulgadas no Diário Oficial. Em cada ponto, há a aferição de cinco amostras diferentes. Critério que evita que haja fatores pontuais que possam mascarar o resultado final. Vera Oliveira diz que os trechos considerados impróprios sofreram com maus hábitos do frequentadores e critica a falta de zelo do carioca com o “quintal de casa”.

— A praia é a continuação da casa do carioca, que tem que tomar mais cuidado com o que é seu. A legislação municipal é transparente ao impedir a presença de cães nas praias. A única exceção é a Praia do Diabo, mas os cães só podem circular por lá no calçadão, e os donos devem levar saquinhos para coletar as fezes. Estes índices altos em trechos de Copacabana e Leblon demonstram que houve um uso excessivo e maior sujeita e fezes. Algum impacto existiu — afirma Vera.

Mestre em biologia celular pela UFRJ, Igor Cruz alerta que microrganismos de origem fecal, como a Escherichia coli e os enterococcus, podem gerar uma série extensa de patologias. Por isso, neste verão é prudente ficar atento não apenas com o aspecto do mar:

— As patologias causadas por estas bactérias não chegam a ser letais. Mas quem gosta de pegar uma diarreia, disenteria, irritação de pele? A Escherichia coli é usada como um indicador de presença de outros microrganismos nocivos à saúde. Onde há presença de E. coli há registro de outras bactérias. A ciência já detectou que uma cepa de enterococcus, microrganismo de origem fecal, é resistente a antibióticos. Calor, umidade boa e restos de comida, características das praias do Rio, proporcionam um ambiente extremamente favorável à proliferação destas bactérias.

Salmonela, outra vilã das praias

O especialista ressalta a importância de se evitar que os cães defequem nas areia. Ele observa que “não chega a ser o caso de uma calamidade pública porque normalmente (estas doenças associadas à contaminação) não geram óbito”, mas classifica de preocupante o recente patamar de 3,8 mil unidades de Escherichia coli em 100 gramas das areias da Princesinha do Mar. O limite aceitável de muitos países varia de 400 a 600 unidades. As praias cariocas, diz ele, também podem abrigar uma outra vilã do bem-estar: a salmonela.

— Há estudos que indicam a presença de salmonela, bactéria muito comum em alimentos derivados de ovos, em praias de Fortaleza. No Rio, esta contaminação provavelmente também existe — diz Igor Cruz. — A praia se tornou um recanto de perigo. O perigo existe há pelo menos dez anos, mas faltam informações ao público.

Na avaliação do biomédico, o poder público poderia indicar o grau de contaminação das areias, da mesma forma com que avisa sobre os perigos do mar.

— A prefeitura poderia sinalizar com uma bandeirinha vermelha quando houver presença de água e areia contaminadas. Toda a contaminação vem do hábito do homem. Os trechos mais contaminados são registrados nos locais de maior uso. Há uma relação direta. O diálogo do poder público com a população deve aumentar.

A dermatologista Bruna Duque Estrada alerta que fungos causadores de micoses e verminoses de pele podem ser trazidos por animais nas praias:

— É preciso ficar atento aos boletins, não levar cão à praia e evitar frequentar os locais com contaminação, já que é impossível não ter contato com a areia.

Horário de verão: área de lazer com uma hora a mais

Ao mesmo tempo em que índices alarmantes de contaminação das areias por bactérias são divulgados, a prefeitura anuncia que o funcionamento das áreas de lazer na orla da Zona Sul será prolongado até as 19h a partir do próximo domingo. A mudança vale para o Aterro do Flamengo, para a Avenida Atlântica (na pista junto à orla, no trecho compreendido entre a Rua Francisco Otaviano e a Avenida Prado Júnior), para a Avenida Delfim Moreira (pista junto à orla) e para a Avenida Vieira Souto (também na pista junto à orla).

Além disso, a pista reversível da Avenida Atlântica, junto às edificações, no trecho entre a Rua Joaquim Nabuco e a Avenida Princesa Isabel, também será estendida até as 19h (incluindo a Rua Joaquim Nabuco, no trecho entre a Avenida Nossa Senhora de Copacabana e a Avenida Atlântica, e o fechamento da Avenida Princesa Isabel, na pista sentido orla). A CET-Rio informa que a sinalização referente ao horário de funcionamento das áreas de lazer já está sendo alterada conforme a nova programação: das 7h às 19h.

Emanuel Alencar – O Globo

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Orla carioca é palco de branding

  • Itaú Unibanco patrocina projeto Bike Rio, que prevê instalação de 60 estações com bicicletas na cidade: mobilidade urbana na pauta da instituição Crédito: André Valentim

O mar, a areia branca e o belíssimo calçadão de pedras portuguesas projetado por Burle Marx não são mais as únicas atrações da orla de Copacabana. Com a reforma dos quiosques da praia, promovida pelo projeto Orla Rio, marcas relevantes do mercado nacional estão usando esses espaços para ações de branding. Coca-Cola, Skol, Globo Rio, Band, Banco do Brasil, Rio Sul e Editora Três estão entre as empresas que contam com espaços diferenciados na praia mais famosa do Brasil.

Para algumas dessas marcas, adotar um quiosque na badalada orla de Copacabana traz uma exposição de marca e um espaço de experimentação diferenciados. “Além de ser um espaço de mídia fantástico. A Skol se criou no Rio e começou pela praia, com a cerveja em lata. É um ícone, como o mate e o biscoito Globo. Hoje tenho mais de 300 quiosques na praia com o produto Skol e 150 com visibilidade, mas não tinha nenhum com a cara da Skol. Este é um investimento para transmitir a personalidade da marca, por meio de um ponto de consumo que é quiosque de Copacabana”, explica Felipe Ghiotto, gerente de Skol 360, marca proprietária do espaço em Copacabana.

A orla de Copacabana também atraiu emissoras de TV. A Band, a primeira a ter um quiosque temático no calçadão de pedras portuguesas, montou o espaço para abrigar uma iniciativa que se destaca: Orla TV. Fruto de uma parceria com a Orla Rio, é um canal que é veiculado em 110 quiosques de praias do litoral. “A Band nos procurou interessada no potencial que enxergava em nosso empreendimento. Após diversas conversas foi então firmada a sociedade de nossas empresas neste segmento, na qual a Band se ocupa do conteúdo, das transmissões e da comercialização dos espaços publicitários, enquanto nós operacionalizamos a estrutura junto aos nossos quiosques”, informa Antônio Luís Abreu, vice-presidente da Orla Rio.

Presença da Band em Copacabana é fruto de parceria com a Orla Rio: emissora é responsável por um canal de TV veículado nos points da praia Crédito: André Valentim

O sistema de transmissão do canal de televisão da orla fica instalado justamente no subsolo do quiosque da Band, um espaço de 160 metros quadrados que conta com estúdio e escritório; na superfície, existe um bar onde são comercializados acepipes tipicamente cariocas, como bolinhos dos bares Bracarense e Aconchego Carioca.

“A ideia foi fazer um canal de televisão interno no qual passasse tudo relativo a esportes de areia e trouxesse informações como temperatura da água e previsão do tempo. Fornecemos o aparelho de TV e uma programação integrada que é feita especialmente para a Orla TV e com atrações que a gente reembala. Claro que, quando temos grandes produções esportivas, entramos em rede com a Band, assim como em alguns telejornais”, explica Daruiz Paranhos, diretor-geral do Grupo Bandeirantes no Rio. Para ele, a Orla TV possibilita um espaço comercial privilegiado. “Temos como colocar lá o último comercial de um ano e o primeiro do ano seguinte, em todas as TVs ao mesmo tempo”, fala. Ele acrescenta que, com a chegada dos grandes eventos, a ideia é que a Orla TV seja o veículo oficial da praia. De acordo com Orla Rio, mais de 450 mil pessoas têm contato com a Orla TV a cada dia.

No Quiosque Coca-Cola, a ideia foi montar um espaço onde os consumidores têm a experiência de tomar o produto na temperatura e no copo ideaisCrédito: André Valentim

Além da Band, a Globo Rio montou seu espaço, como ponto de contato com seus telespectadores. Copacabana foi escolhida por ser uma espécie de vitrine do Rio de Janeiro. “A Globo Rio tem como proposta criar oportunidades de convivência comunitária e aproximar a marca da emissora do público. A partir do quiosque de Copacabana foi possível ativar esta estratégia de ação”, informa a emissora por meio da Central Globo de Comunicação.

O retorno do espaço está sendo acima do esperado. Segundo a emissora, cerca de dez mil pessoas passam pelo quiosque Globo Rio todos os meses. “Mas o número não é o mais importante. Semanalmente, o quiosque serve de palco para eventos culturais e esportivos da própria Globo Rio e de parceiros. O público já sabe que existe um espaço físico em que ele se relaciona com os conteúdos da Globo. Além disso, o quiosque é um ponto utilizado pelo jornalismo da Rede Globo, com entradas ao vivo direto de lá”, aponta.

O quiosque da Globo Rio conta ainda com um espaço da Globo Marcas, onde são comercializados produtos relacionados à grade de programação da emissora. “Como a venda de produtos é uma exigência da concessão do espaço, a missão da Globo Marcas de fortalecer o relacionamento dos telespectadores com o universo da televisão se encaixou perfeitamente no conceito do quiosque. Além de uma grande variedade de artigos licenciados, o público encontra nesse espaço produtos específicos para venda no quiosque, como acessórios para praia, por exemplo”, acrescenta. O projeto do quiosque da Globo Rio é recente, mas, como tem se mostrado uma excelente ferramenta na aproximação da emissora com o público, a Globo avalia a experiência para eventual­ replicação em outras praças no futuro.

Point
A Nextel também terá o seu espaço na orla de Copacabana, que será inaugurado em outubro. Ele será o terceiro Point Nextel da marca no Rio, a primeira a ter um quiosque de experimentação na orla da praia vizinha, Ipanema, onde os quiosques ainda não foram reformados. O espaço ali foi inaugurado em setembro, em local nobre, logo na chegada da praia de Ipanema em frente a um badalado bar da orla. Foi a segunda ação de branding da marca em um quiosque da orla do Rio; a primeira, na Barra, também é diferenciada entre os outros quiosques daquele pedaço.

“O quiosque de Copacabana está atrelado a um projeto que temos com o Rio de Janeiro e nasceu na Barra da Tijuca, onde montamos nosso primeiro Point Nextel”, conta Alex Rocco, diretor de comunicação da marca. Ele acrescenta que a ideia é levar para a orla um pacote que tem experimentação e infraestrutura. “A cidade do Rio é muito importante para a Nextel e a marca é muito forte na cidade. Resolvemos implantar o projeto Rio Nextel, no qual criamos uma plataforma que inclui esporte, cultura e lazer para cidade do Rio e para o relacionamento com nossa base de clientes”, fala.

As atividades oferecidas em cada espaço são escolhidas de acordo com o perfil da praia em que estão instalados. “Em cada point a gente se insere no contexto do estilo de vida do carioca. Na Barra, levamos equipamentos relacionados ao mar, já que é um point forte de Kite surf e SUP. Ipanema tem um estilo de vida do carioca mais relacionado ao calçadão e à a rua interditada no fim de semana. Levamos skates, patins, skyline”, conta. Os espaços fornecem aulas de ioga e corrida, por exemplo, para clientes Nextel.

Ele acrescenta que há a preocupação de que cada um destes espaços se insira no contexto do carioca. “Queremos fazer parte realmente, adotar e ser adotado, é muito mais do que uma questão de visibilidade de marca”, conclui.

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Discurso da Ministra da Cultura do Brasil,

Sra. Ana de Hollanda.

Senhora Presidente do Comitê do Patrimônio Mundial, boa tarde.

Em nome do Governo brasileiro, cumprimento todos os presentes e agradeço aos membros do Comitê a inscrição da paisagem cultural do Rio de Janeiro na Lista do Patrimônio Mundial.

Esta inscrição preenche uma lacuna, porque não se pode pensar no patrimônio do Brasil sem visualizar o cenário da cidade do Rio de Janeiro.

Também representa um avanço nas políticas públicas do Brasil, que cada vez mais se voltam para o desafio de compreender o patrimônio cultural como uma dimensão essencial para a nossa gestão territorial.

E é também um marco para esta Convenção, uma vez que se trata da primeira área urbana em uma metropole inscrita como paisagem cultural.

Por tanto ineditismo, acompanhado por desafios da mesma grandeza, desejamos compartilhar este momento com a comunidade internacional.

Para nós do Brasil, esta Convenção tem duas dimensões claras para o seu futuro:a da paisagem e a da cooperação.

Em primeiro lugar, a paisagem, porque não é possível avançar nas políticas culturais sem compreender que as relações entre o homem e o meio constituem um novo campo de formulações;

Que, por um lado, aproxima a política de patrimônio das discussões mais relevantes que ocorrem no campo multilateral, como as relacionadas ao desenvolvimento sustentável;

E, por outro, possibilita a criação de uma nova cartografia patrimonial, rompendo com uma visão predominantemente historicista, e substituindo-a por abordagens mais amplas de compreensão do mundo.

Em segundo lugar, a cooperação, porque é a única maneira de enfrentarmos os desequilíbrios entre os países, o que também se verifica no desequilíbrio da Lista do Patrimônio Mundial.

Ademais, a cooperação é o instrumento que responde aos princípios que deve prevalecer na nossa Convenção: o patrimônio rompe barreiras, o patrimônio é um direito de todos nós.

A nomeação do Rio de Janeiro, síntese do Brasil, agora declarado Patrimônio Mundial, expõe para todos nós esse desafio.

Obrigada ao Comitê pela confiança depositada e pelo avanço conceitual que juntos construímos e que queremos celebrar.

Estão todos convidados a desfrutar conosco desta maravilhosa cidade que é o Rio de Janeiro.

Muito obrigada!

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Título da Unesco aumenta responsabilidade para vencer desafios na área ambiental do Rio, diz Carlos Minc

O título inédito de Patrimônio Mundial da Humanidade, na categoria Paisagem Cultural Urbana, para a capital fluminense, “traz muita alegria, mas também, muita responsabilidade”, disse nesta terça-feira (3) à Agência Brasil o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc.

Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. / Foto: Henrique Andrade Camargo

O título foi concedido no último final de semana pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em votação realizada na cidade de São Petersburgo, na Rússia.

Minc ressaltou que o estado do Rio já reúne dois títulos importantes. É o estado que mais preserva a Mata Atlântica, com menos de 1 quilômetro quadrado de desmatamento. “O Rio está próximo do desmatamento zero. E a gente quer dobrar a Mata Atlântica. Um título como este [da Unesco] só reforça esse impulso, essa disposição”.

O Rio é também o primeiro estado da Federação que acabou com os lixões, entre os quais os de Itaoca, em São Gonçalo, de Babi, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e o de Gramacho, maior lixão a céu aberto da América Latina, em Caxias, além dos situados nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Miguel Pereira. “Fechamos todos os lixões no entorno da Baía de Guanabara”.

O secretário destacou, entretanto, que o título inédito traz desafios que terão de ser vencidos por todos: governo e sociedade. Limpeza das praias, saneamento nas favelas e reciclagem são alguns problemas a serem superados, lembrou.

O Programa Cena Limpa lançado recentemente, segundo Minc, tem por objetivo de limpar seis praias do município do Rio de Janeiro (Leme, São Conrado, Leblon, Ipanema, Urca e Praia da Bica). No final deste ano, “até impulsionados por esse título, vamos lançar o Cena Limpa 2”, anunciou. A meta é limpar mais seis praias, entre elas as de Copacabana, Paquetá e parte da Praia da Barra da Tijuca.

Alana Gandra, da Agência Brasil

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Rio de Janeiro é Patrimônio Mundial

O Rio de Janeiro tornou-se Patrimônio Mundial. A decisão foi anuncida em São Petersburgo, na Rússia, durante a 36ª. sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco. A escolha foi feita na categoria “paisagem natural urbana”.

A candidatura do Rio baseou-se na topografia da cidade com belezas naturais como a Floresta da Tijuca, o Pão de Açúcar, a Baía de Guanabara entre outros pontos que se tornaram cartões postais reconhecidos em todo o o mundo. A apresentação, em São Petersburgo, foi feita pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e pelo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, Luiz Fernando de Almeida.

Ao se tornar Patrimônio Mundial, o Rio de Janeiro passa a receber apoio técnico da Unesco para a conservação também de pontos da sua paisagem como a Praia de Copacabana, o Jardim Botânico, o Morro do Corcovado, que abriga o Cristo Redentor, e o Aterro do Flamengo.

Neste sábado, a Unesco escolheu as Fortificações de Elvas, em Portugal, para integrar a lista de Patrimônio Mundial, além da Mesquita de Sexta-Feira, no Irã. A 36ª. sessão do Comitê do Patrimônio Mundial deve terminar nesta sexta-feira.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU

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Favela cenográfica é montada em Copacabana

Uma favela cenográfica foi montada na manhã deste sábado (16) nas areias da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, como uma forma de chamar a atenção dos participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para os problemas sociais do mundo. Os três barracos de madeira, montados pela organização não governamental Rio de Paz, retratam favelas cariocas como Manguinhos, na zona norte da cidade.

“Estamos aproveitando a ocasião para apresentar uma reivindicação aos chefes de Estado que estarão no Rio de Janeiro na próxima semana: que a coisa não fique só na retórica. O momento não é mais de interpretar o mundo, mas de transformá-lo. Precisamos de metas mensuráveis”, disse o presidente da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.

A moradora de Manguinhos Suzana Cristina Barreto participou da encenação e interpretou um papel que ela já vive na realidade: o de moradora de uma favela cheia de problemas.

“Como tem muito estrangeiro na cidade, a gente estava querendo pedir melhorias para as comunidades, porque elas precisam de urbanização nas ruas. É muita rua com esgoto para fora. As crianças brincam no esgoto. Dentro das comunidades, ainda existem muitos barracos”, ressaltou.

Segundo Antonio Carlos Costa, a ideia é manter a favela cenográfica montada em Copacabana até hoje (17).

Vitor Abdala, da Agência Brasil

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Hoteis ameaçam barrar até presidentes na Rio+20

Tensão no setor hoteleiro com a Conferência Rio + 20, na chegada das comitivas internacionais à cidade. As redes Sofitel e Othon, com hotéis cinco estrelas, avisaram ao governo que podem proibir check in até de chefes de Estado se o Itamaraty não confirmar os pagamentos das reservas pela Terramar Viagens e Turismo, a agência que venceu a licitação. E, não bastasse a falta de leitos, a Terramar cancelou ontem 120 quartos no luxuoso Windsor Barra, que seriam ocupados por comitiva de Brasília.

Hoteis não se entendem com empresa que venceu a licitação para organizar as reservas das autoridades para a Rio+20

Beliche
O Itamaraty foi acionado pelos gerentes para garantir hospedagens. Enquanto há vagas agora no Windsor, chefes parlamentares se amontoam em hotéis três estrelas.

Desafinou
A Terramar, que venceu licitação do Itamaraty, é criticada por agências de porte internacional: seu maior evento foi realizar um cruzeiro com show de Agnaldo Rayol.

Tu-tu-tu
A coluna entrou em contato com a Terramar em São Paulo. Recebeu telefones da assessoria no Rio que não atendem e dão caixa postal cheia.

Chilique
Os presidentes das grandes redes de hotel que vão hospedar as comitivas da Rio+20 estão pasmos com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Dizem que ela deu socos na mesa e foi dura na reunião do dia 14 de maio em Brasília, onde cobrou baixa das tarifas abusivas. Só que, segundo eles, o ágio era da Terramar, que inflou as diárias em até 33%.

Epa, epa
Da reunião, convocada pela ministra, participaram também o presidente da Embratur, Flávio Dino, e o advogado-geral da União, Luís Adams. Os gerentes não entenderam o porquê de o governo pedir o CPF de cada um deles.

Leandro Mazzini é jornalista e escritor, pós-graduando em Ciência Política pela UnB. Passou por Jornal do Brasil, Agência Rio, Correio do Brasil, Gazeta Mercantil e Coluna CH. No Rio, cobriu a política fluminense de 1998 a 2007, quando se mudou para Brasília, onde assinou oInforme JB de 2007 a 2011. É apresentador dos programas de debates políticos Tribuna Independente (terças) e Frente a Frente (seg,qua,sex) na REDEVIDA de Televisão, em rede.

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